(para Ramon Mello)
Ouve a canção ?
é Ramon
o que leva nas mãos ?
são palavras
poeta de mãos [cheias]
relendo vinis mofados
ao som das palavras.
quinta-feira, 27 de janeiro de 2011
quarta-feira, 26 de janeiro de 2011
Expresso
a Lapa já amanhce fervendo
com o vento em popa na cara
marolas frescas de início
um frentista fala
faz queixa e uso da
palavra
reclamações ao guarda municipal
sobre a má criação do mendigo
o homem, autoridade máxima
coloca mais combustível
gasolina para esse dia quente.
tentando pôr em ordem as coisas bagunçadas. Saravá!
com o vento em popa na cara
marolas frescas de início
um frentista fala
faz queixa e uso da
palavra
reclamações ao guarda municipal
sobre a má criação do mendigo
o homem, autoridade máxima
coloca mais combustível
gasolina para esse dia quente.
tentando pôr em ordem as coisas bagunçadas. Saravá!
domingo, 23 de janeiro de 2011
nonsense
contagem regressiva
a cabeça febril ferve
o travesseiro
última vez que tento
aproveitar o seu cheiro
halls de menta, trident
de melancia aroma Omo
Multi-ação
perda de estímulos
de repende para tudo
queria saber ser gato
ter sete vidas e soltar pêlos
para não precisar morrer
todos os dias de desgosto
a cada palavra minha que deixo
marcas suas num papel.
a cabeça febril ferve
o travesseiro
última vez que tento
aproveitar o seu cheiro
halls de menta, trident
de melancia aroma Omo
Multi-ação
perda de estímulos
de repende para tudo
queria saber ser gato
ter sete vidas e soltar pêlos
para não precisar morrer
todos os dias de desgosto
a cada palavra minha que deixo
marcas suas num papel.
sexta-feira, 21 de janeiro de 2011
Maníaco depresseivo
Quando as coisas
começam a fazer sentido
o melhor lugar para se esconder
é o fundo do poço.
começam a fazer sentido
o melhor lugar para se esconder
é o fundo do poço.
braille
apenas diga em poucas
linhas da maneira como
você fala e sonha acordada
qual o tempo do amor?
um domingo ensolarado nos
interrompe bruscamente
é feito de carne e osso
igual a nós e enferruja
feito os pés
de uma máquina de lavar velha
enxágua e torce os piores momentos
das nossas vidas
adoro o jeito como você
fica muda e silencia os
ponteiros do relógio
é como se a linguagem surda
e muda fosse ainda mais sábia
que a própria língua
são como cócegas agitadas
acariciando as nossas sílabas
e o nosso mundo fosse diferente
linhas da maneira como
você fala e sonha acordada
qual o tempo do amor?
um domingo ensolarado nos
interrompe bruscamente
é feito de carne e osso
igual a nós e enferruja
feito os pés
de uma máquina de lavar velha
enxágua e torce os piores momentos
das nossas vidas
adoro o jeito como você
fica muda e silencia os
ponteiros do relógio
é como se a linguagem surda
e muda fosse ainda mais sábia
que a própria língua
são como cócegas agitadas
acariciando as nossas sílabas
e o nosso mundo fosse diferente
quinta-feira, 20 de janeiro de 2011
quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
Eles, que se amavam tanto...
Amavam-se muito, mas eram tão jovens e a vida tão curta que preferiram experimentar novos amores. Mas a vida foi longa. Horrivelmente longa.
Estórias mínimas, de José Rezende Jr - Editora 7Letras
Estórias mínimas, de José Rezende Jr - Editora 7Letras
segunda-feira, 17 de janeiro de 2011
sábado, 15 de janeiro de 2011
quinta-feira, 13 de janeiro de 2011
segunda-feira, 10 de janeiro de 2011
Ignorância é uma benção ?
" A filosofia, a sociologia, a antropologia e a psicologia muitas vezes apenas atrapalham. A filosofia idealiza, fazendo-nos pensar que o amor seja mais do que é - banal, passageiro, incoerente. A sociologia contamina o amor com suas bobagens foucaultianas: dar um presente para uma mulher é assediá-la, querê-la dominada sobre uma cama, machismo atávico ou falocentrismo. A antropologia relativiza tudo, fazendo o amor romântico ser mais uma mania, como comidas ou bebidas típicas, ou mera invenção da literatura ocidental. A psicologia nos obriga a levar Freud para a cama, faz da paixão um sintoma. Você não é apenas você, você é a sua classe social, sua cultura, seus traumas, suas ilusões e idealizações. Informação demais atrapalha. Torna a ação confusa, insegura, desorienta o que em nós é hábito. "
Luiz Felipe Pondé - " Contra um mundo melhor - Ensaios de afeto" - Editora Leya.
Luiz Felipe Pondé - " Contra um mundo melhor - Ensaios de afeto" - Editora Leya.
domingo, 9 de janeiro de 2011
Isso ainda vem parar na minha pele...
"A vida na cidade é anônima e, por isso mesmo, abstrata. As pessoas se relacionam umas com as outras, não como personalidades integrais, mas como personificações de funções econômicas ou, quando não estão no emprego, como pessoas que procuram irrefletidamente o entretenimento. Sujeitos a uma vida desta espécie, os indivíduos tendem a sentir-se solitários e sem importância. A sua existência deixa de ter qualquer importância ou qualquer sentido." Aldous Huxley
quinta-feira, 6 de janeiro de 2011
Quanto tempo
Existe uma conspiração
solar à nosso favor
(é preciso aproveitar a dedicação
dos deuses astrológicos)
de repente estamos
sentados na praça XV
no século XXI ouvindo o
choro do sol
(uma criança que não quer
ir embora)
ali
somos o centro do
universo na história conjugada na
primeira pessoa que grita no plural:
- o amor faz o tempo ficar preguiçoso !
ali
vivenciamos todo o tempo guardado
na caixa(cultural)
hoje com uma nova forma contemporânea
de enxergarmos o mundo
parados
olhando um para o outro somos
obra de arte para os transeuntes
intelectualmente apaixonados
pelo o destino
somos o centro
cultural num banco do Brasil
somos o centro
de todo verso.
solar à nosso favor
(é preciso aproveitar a dedicação
dos deuses astrológicos)
de repente estamos
sentados na praça XV
no século XXI ouvindo o
choro do sol
(uma criança que não quer
ir embora)
ali
somos o centro do
universo na história conjugada na
primeira pessoa que grita no plural:
- o amor faz o tempo ficar preguiçoso !
ali
vivenciamos todo o tempo guardado
na caixa(cultural)
hoje com uma nova forma contemporânea
de enxergarmos o mundo
parados
olhando um para o outro somos
obra de arte para os transeuntes
intelectualmente apaixonados
pelo o destino
somos o centro
cultural num banco do Brasil
somos o centro
de todo verso.
terça-feira, 4 de janeiro de 2011
Poucas Certezas ( quase nenhuma )
Uma das poucas certezas que voce terá na sua vida é que:
"Você era feliz e não sabia."
"Você era feliz e não sabia."
ETERNO RETORNO
http://www.youtube.com/watch?v=3tfYkeGWOgs
"Sei lá,
quando ama tem
Quando fica sem,
não sabe direito como respirar
E as coisas que agora vem, ainda trazem,
um pouco de chuva, um gosto de chuva
A coragem que o guarda tem,
quando prende alguém
não serve pra nada
Quando o amor chamar
e o desespero que com a vida vem
O amor vai além, o amor vai muito mais além
Se os dias fossem como girassóis
e nada nos fizesse esquecer
e o mundo nos deixasse por um instante a sós
e o tempo parasse só nesse instante
Se é mesmo a vida quem desata os nós
e o medo dela não nos deixa entender
O universo inteiro numa casca de noz
Impõe a lei do eterno retorno
Mas, vem feito coice,
Cabou-se o que era doce
O vento sempre leva o que trouxe,
mais dia menos dia, alivia.
E eu já nem sinto mais o cheiro dela
Mas, vem feito coice,
Cabou-se o que era doce
O vento sempre leva o que trouxe,
mais dia menos dia, alivia.
E eu já nem sinto mais o cheiro dela
Noite...
Sei lá,
quando ama tem
Quando fica sem.
Se é mesmo a vida quem desata os nós
(e o medo dela não nos deixa entender)
O universo inteiro numa casca de noz
Impõe a lei do eterno retorno
Mas, vem feito coice,
Cabou-se o que era doce
O vento sempre leva o que trouxe,
mais dia menos dia, alivia.
E eu já nem sinto mais o cheiro dela
Mas, vem feito coice,
Cabou-se o que era doce
O vento sempre leva o que trouxe,
mais dia menos dia, alivia.
E eu já nem sinto mais o cheiro dela
Noite..." MEDULLA
segunda-feira, 3 de janeiro de 2011
deita aqui?
a calma marca a sua
cabeça no peito
travesseiro de pêlos
cheirosos hormônios
assegurarmos que
estamos satisfeitos e plenos
amar, dar-nos a sensação
de estarmos em sono profundo.
cabeça no peito
travesseiro de pêlos
cheirosos hormônios
assegurarmos que
estamos satisfeitos e plenos
amar, dar-nos a sensação
de estarmos em sono profundo.
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