sexta-feira, 31 de julho de 2009




"Quando acabou, perdi todas as esperanças
o sol já não brilhava mais, os dias eram frios e escuros
Apenas a lua me consolava, o silêncio da madrugada e
o som do vento que ecoava me castigava,
me puxava cada vez mais para baixo
sem esperanças, sem motivos, já não valia mais nada...
tudo se passava pela minha cabeça,
fazer algo que faça a adrenalina correr novamente
como um viciado, estou desesperado !
Só não enlouqueço por ironia do destino...
O mundo está perdendo o sentido, ainda não sei o que faço aqui.
Ainda não sei quem eu sou e muito menos para onde devo ir
eu não me encaixo em nada e cada vez fico mais perdido
sentimentos confudem pensamentos, e com isso fico mais instintivo.
A raiva se mistura com a decepção, com a perda, com a solidão.
Quero socar, quero gritar, preciso chorar.
E mesmo depois disso, o gosto desse sentimento inominavel
ainda está em minha boca e nesse instante
sou capaz de tudo e sei que quase não sou humano..." Beneh.



The Unnamed Feelings - Tradução

"Já senti isso
já senti isso
já senti isso
já senti isso
já senti isso e não vou dizer que gostei
devo começar a escrever tudo isso?
deixe-me plugá-la no meu mundo
Você pode me ajudar a deixar de ser louco?
batize isso para mim
esquente o ar frio
tire a frieza da minha vida
se eu podesse eu reviraria os olhos
para olhar por dentro e ver o que está por vir
ele ganha vida
ele ganha vida
ele ganha vida
eu morro e um pouco mais
ele ganha vida
ele ganha vida
ele ganha vida a cada momento aqui
eu morro e um pouco mais
eu morro,eu morro e um pouco mais
Aí o sentimento inominável
ganha vida
e o sentimento inominável
me leve embora
já senti isso
já senti isso
já senti isso
estou agitado em seus braços carinhosos
não consigo dormir neste mundo sujo
encontrei a segurança nessa solidão
mas eu não agünto mais
eu juro que não quero morrer
engulo o mal
navego pelo céu
me perco num ambiente lotado
seu tolo,seu tolo ele vai chegar logo
ele ganha vida
ele ganha vida
ele ganha vida
eu morro e um pouco mais
ele ganha vida
ele ganha vida
ele ganha vida a cada momento aqui
eu morro e um pouco mais
eu morro,eu morro e um pouco mais
Aí o sentimento inominável
ganha vida
e o sentimento inominável
me trata assim
e eu espero o trem
com os dedos nos trilhos
ai o sentimento inominável
me leva embora,me leva
e o sentimento inominável
ganha vida
e o sentimento inominável
me leva embora (2x)
dê o fora daqui
eu só quero fugir de mim mesmo
fico irritado,olho fixo,fico magoado,odeio
eu odeio tudo
porque?porque?porque eu?
não consigo dormir com a cabeça assim
eu quero chorar eu quero gritar
fico irritado,olho fixo,fico magoado,odeio
eu quero odeiar tudo
ai o sentimento inominável
ganha vida
e o sentimento inominável
me trata assim
e eu espero o trem
com os dedos nos trilhos
e o sentimento inominável
me leva embora(2x)
sentimento me leva embora." (tradução do site vagalume.)

postado por: Beneh

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Mudando em Mudanças

Estou mudando.Essa frase possui diversos significados,um deles, é que eu estou mudando de residência.Ela ainda continua bem perto da antiga casa,porem,tao longe de minhas historias.
Ainda estou morando com toda a minha família ,e isso é apenas mais um retrato de que eu ainda continuo sendo o velho Breno de sempre. Morávamos num apartamento em um prediozinho de apenas 4 andares,nos já estávamos morando La faziam 10 anos e agora iríamos para uma casa RELATIVAMENTE maior em uma vila.Do que adianta mudarmos se ainda continuávamos na mesma rua,vendo as mesmas pessoas de antes,vendo os mesmos carros e ouvindo os mesmos sons.Se é para mudarmos,que nos mudemos direito.
Em uma noite cheguei do trabalho e entrei naquela velha casa afim de pegar as minhas ultimas tralhas que La permaneciam,sem saber que meu irmão já havia levado as únicas,ultimas coisas da casa,ao entrar na velha casa,me deparei com uma casa nova,talvez uma casa velha,agora tão nova ao meu olhar.A casa,assim como eu,estava completamente vazia e sem luz. Tive vontade de me despedir dela. Na verdade eu odeio clima de despedidas. Toda despedida te da a idéia de que nunca mais veremos aquela coisa,nunca mais seremos os mesmos,a idéia do ACABOU,acaba comigo. Mas mesmo assim, eu precisava me despedir dela.
Em cada cômodo da casa,eu reconhecia cada cantinho que ali me abrigou,me acolheu e que agora estava triste,nua,solitária,sem vida.Então corri para o banheiro para fumar um cigarro.Ali,bem naquela janela,como o fiz pela primeira vez escondido da minha mãe,e que depois adquiri o habito de todas as noites fumar antes de dormir.Fumava ali no escuro da noite sob a luz da lua pela janela que passava,refletia sobre o dia que passou.De repente os velhos fantasmas do passado reapareceram.Lembrei-me da primeira vez que entrei naquela casa,toda aquela euforia,tudo era novidade,sairia da casa de minha avo,na qual morava na época,para ir morar com a minha mãe.Me lembrei de todas as minhas primeiras noites de sono bem dormidas e das ultimas mal dormidas,lembrei-me de todos os meus desejos,sonhos,aspirações,visões,angustias,tristeza...Lembrei de todos os Brenos que ali ficaram,em cada cantinho daquela casa,eu enxergava um Breno diferente em tempos diferentes.Vi um Breno deitado na cama sonhando acordado,um Breno voltando da escola numa sexta-feira,um Breno jogando vide-game com os amigos,um Breno ouvindo musica,um outro chorando ao ouvir aquela musica,um que chorava escondido no banheiro para que ninguém o visse.Aquele Breno medroso quando mudou de escola,mudou de amigo,o que treinava basket no quarto,aquele Breno no quarto com a menina que gostava da escola,os dois ali deitados na cama,conversando sobre o nada;vi um Breno olhando pela a janela,observando o céu através daquele retângulo,com as mesmas posições das arvores da lua,dos prédios.Fiquei com medo de não conseguir olhar para o céu com aquelas mesmas posições,formas,de nunca mais conseguir achar as posições exatas.Ainda via os Brenos por toda parte da casa,aquela velha casa ainda possuía as minhas pegadas marcadas no piso,as minhas lagrimas escorridas nas paredes,o meu suor,as minhas mãos,as minhas formas,minhas raízes cravadas no chão;minhas lembranças,idéias...
Terminei de fumar e como de costume,lavei minhas mãos e o rosto na pia.Olhei para o velho espelho escuro e vi um Breno novo cercado por outros Brenos velhos,todos eles me encaravam,com aquela velha cara de quem não gostava de despedidas,que olhava para aquele espelho acreditando um dia mudar. Eu me despedi e me dei forças.
Fechei a porta de casa tentando gravar aquela ultima imagem vazia e escura mas com um passado cheio de luz.Ouvi o ultimo bater da porta,fui caminhando pela velha rua,sob a luz da lua nova,afim de chegar na minha nova casa e plantar novos Brenos por todo lugar,como num filme velho de cinema novo.
Brenowisk