por desejo, somos obrigados
a nos ajoelhar. e fazer disso
uma poesia
como quando faço ao amarrar o tênis. descobri a cor
do seu papel de parede
e você estava de costas.
nem imaginas o quanto
fico feliz por isso
pela delícia do meu resultado
ao manipular o acaso (a marginalidade
encontra-se raciocinada. todo poema político é poesia sexual).
uma pena
não ter tirado uma foto
uma pena
não ter arrumado um clip
e anexado aqui a cuidadosa arquitetura.
Foto: jan saudek.
Ópera de pássaros
Há 2 semanas