quinta-feira, 26 de setembro de 2013

fu(tu)ro




no meu relógio biológico
tu és o buraco negro
atrás do arco
da íris e bílis negra
onde eu me acho
quando fecho os olhos

aquela parte vazia que carregamos
dentro da gente
com tanto carinho

tu é ausência
o furo na palma da mão daquele
que tinha um caminho escrito
nas brancas páginas das solas dos pés

o elo perdido
entre o que eu era
com o que nós podíamos ser

(presente de grEgo).