quinta-feira, 27 de maio de 2010
Minutos perdidos
senhor dos passos?
fico a ver
navios
e carros
em plena avenida
passos
vendido como
as meninas da
praça, do cafofo
vermelho
que piscam
os faróis
na esquina
e que precisam
de companhia
fico a ver
navios
e carros
em plena avenida
passos
vendido como
as meninas da
praça, do cafofo
vermelho
que piscam
os faróis
na esquina
e que precisam
de companhia
quarta-feira, 26 de maio de 2010
segunda-feira, 24 de maio de 2010
Relicário
Guardei os nossos
filmes de cinema
novo (e velhos)
as nossas frases
feitas para nós dois
( a sós)
Os poemas apaixonados
os beijos molhados
as vozes que embalavam
as vezes em que nos
somavamos em uma
- equação corporial
A poesia aviãozinho
- mastigada e rejeitada
voa até aterrizar em
sua boca
E as promessas que
exalam um cheiro
(de mofo)
Todas as coisas
clichês que um dia
nos deram prazer.
Brenowski
filmes de cinema
novo (e velhos)
as nossas frases
feitas para nós dois
( a sós)
Os poemas apaixonados
os beijos molhados
as vozes que embalavam
as vezes em que nos
somavamos em uma
- equação corporial
A poesia aviãozinho
- mastigada e rejeitada
voa até aterrizar em
sua boca
E as promessas que
exalam um cheiro
(de mofo)
Todas as coisas
clichês que um dia
nos deram prazer.
Brenowski
sexta-feira, 21 de maio de 2010
saudade em preto e branco
a menina dos meus
sonhos entra muda
e sai calada
fico bobo
são seus modos
que me paqueram
faço festa
a cada pausa
o silêncio que
proporciona
sinto falta
do início, do delírio
das descobertas
cheirando
a ma'halls
de melão.
sonhos entra muda
e sai calada
fico bobo
são seus modos
que me paqueram
faço festa
a cada pausa
o silêncio que
proporciona
sinto falta
do início, do delírio
das descobertas
cheirando
a ma'halls
de melão.
sexta-feira, 14 de maio de 2010
Seção DUAS CARAS
Para uma mesma pergunta, duas possibilidades, dois tipos distintos de saída ou de resposta. E uma mesma pessoa respondendo. Ou seria melhor dizer: para diferentes tipos de perguntas, uma mesma resposta, uma idéia universal. Duas pessoas, dois semblantes iguais. Duas cabeças diferentes respondendo.
Quem é o bom? Quem é o mau? O que é verdade? O que é falso? O que nos faz bem? O que nos faz mal? (conseguiríamos traçar um paralelo entre esses opostos?)
É partindo dessa idéia (dividida) que dois corpos semelhantes da cabeça aos pés, mas com palavras tão desiguais, resolveram encarar essas antíteses da vida e da própra rotina, da melhor forma que lhe cabiam. Vestindo a carapuça de que para tudo na vida, existem os dois lados da moeda. E que olhando de perto, bem de perto, são sempre muito parecidos...
Os poemas: Bem me quer/Mal me quer
Bem me quer
bem me quer
catando migalhas do
chão e pedindo licença
aos donos, aos pombos
da Carioca anunciando
um vôo novo, um salto
para a eternidade ao vivo
em rede nacional esquecendo
de olhar para os lados
enquanto atravesso
a Suburbana - do jeito
que mamãe ensinou
beijando os seus pés
e dizendo que eu a quero
assim, do jeitinho que
ela sempre quis
Mal me quer
riscou-me de
sua lista dos
10+
apagou cada palavra
minha de seu dicionário
- Romantês-Português
deletou-me de sua face
orkut e face book
apagou minhas cantigas
- nosso olhar a moda antiga
do seu disco de memórias
jogou o meu livro
de sua cabiceira
ladeira abaixo
baixo
me disse que os meus
poemas não enchem os olhos
(apenas o saco)
transformou nossa história
em mitologia
(não se sabe se é verdade ou mito)
tudo porque um dia
lhe dei um amor
que não merecia.
Quem é o bom? Quem é o mau? O que é verdade? O que é falso? O que nos faz bem? O que nos faz mal? (conseguiríamos traçar um paralelo entre esses opostos?)
É partindo dessa idéia (dividida) que dois corpos semelhantes da cabeça aos pés, mas com palavras tão desiguais, resolveram encarar essas antíteses da vida e da própra rotina, da melhor forma que lhe cabiam. Vestindo a carapuça de que para tudo na vida, existem os dois lados da moeda. E que olhando de perto, bem de perto, são sempre muito parecidos...
Os poemas: Bem me quer/Mal me quer
Bem me quer
bem me quer
catando migalhas do
chão e pedindo licença
aos donos, aos pombos
da Carioca anunciando
um vôo novo, um salto
para a eternidade ao vivo
em rede nacional esquecendo
de olhar para os lados
enquanto atravesso
a Suburbana - do jeito
que mamãe ensinou
beijando os seus pés
e dizendo que eu a quero
assim, do jeitinho que
ela sempre quis
Mal me quer
riscou-me de
sua lista dos
10+
apagou cada palavra
minha de seu dicionário
- Romantês-Português
deletou-me de sua face
orkut e face book
apagou minhas cantigas
- nosso olhar a moda antiga
do seu disco de memórias
jogou o meu livro
de sua cabiceira
ladeira abaixo
baixo
me disse que os meus
poemas não enchem os olhos
(apenas o saco)
transformou nossa história
em mitologia
(não se sabe se é verdade ou mito)
tudo porque um dia
lhe dei um amor
que não merecia.
quinta-feira, 13 de maio de 2010
Brincadeira de criança
quarta-feira, 12 de maio de 2010
paraquedista
escrever é dedicar
os dedos à marcenaria
de qualquer jardim
desatamos as mãos
e a tontura que dá
vem do alto
o cair das nuvens folhas
passarinhos avião papel
picado a lua no mar
silêncio de planta, euforia
de cama elástica, alegria
de piquinique no parque
e tanto carinho
guardo para você
numa luva de boxe.
Bruna Beber
os dedos à marcenaria
de qualquer jardim
desatamos as mãos
e a tontura que dá
vem do alto
o cair das nuvens folhas
passarinhos avião papel
picado a lua no mar
silêncio de planta, euforia
de cama elástica, alegria
de piquinique no parque
e tanto carinho
guardo para você
numa luva de boxe.
Bruna Beber
segunda-feira, 10 de maio de 2010
Trocas
Me dá um beijo
me dá um trevo
me dá um frevo
me dá um filho
me dá um trilho
me dá um brilho
me dá um canto
me dá um pranto
me dá um tanto
me dá um qualquer
me dá um bem me quer
me dá um abrigo
me dá um ombro amigo
me dá um olhar
me dá um falar
me dá um sorriso
me dá um dente
me dá um misto-quente
me dá uma esperança
me dá uma criança
me dá um arco-íris
me dá uma íris
me dá um nariz
me dá um rosto
me dá um gosto
me dá o dia
me dá a vida
se tu não puder cumprir
com todas as exigências
pode deixar que eu
te dou
Te dou um beijo
te dou um trevo
te dou um frevo....
Brenowski
quarta-feira, 5 de maio de 2010
Nó(s)
(para a Bibirrr)
numa das minhas tentativas
de encadernar sopros
uma folha em branco
pesou sobre minha mão
como era a vida antes de nós?
tento e não me recordo
as águas que banhavam
e separavam os sábados
do prazer e dos deveres
ora fria, depois que amansa
os pêlos, fica quente
entraram nos meus olhos
não vejo mais a bola
ou a borda da piscina
hoje, crescido e velho
só me arrependo de ter
decorado os acordes
depois que a banda passou
e na minha cabeça
a folha que continua em branco
toma a forma que dissona
agora pesa uma lembrança
antes de nós
a vida era só
um nó
numa das minhas tentativas
de encadernar sopros
uma folha em branco
pesou sobre minha mão
como era a vida antes de nós?
tento e não me recordo
as águas que banhavam
e separavam os sábados
do prazer e dos deveres
ora fria, depois que amansa
os pêlos, fica quente
entraram nos meus olhos
não vejo mais a bola
ou a borda da piscina
hoje, crescido e velho
só me arrependo de ter
decorado os acordes
depois que a banda passou
e na minha cabeça
a folha que continua em branco
toma a forma que dissona
agora pesa uma lembrança
antes de nós
a vida era só
um nó
terça-feira, 4 de maio de 2010
Amor moderninho
segunda-feira, 3 de maio de 2010
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