quarta-feira, 12 de maio de 2010

paraquedista

escrever é dedicar
os dedos à marcenaria
de qualquer jardim

desatamos as mãos
e a tontura que dá
vem do alto

o cair das nuvens folhas
passarinhos avião papel
picado a lua no mar

silêncio de planta, euforia
de cama elástica, alegria
de piquinique no parque

e tanto carinho
guardo para você
numa luva de boxe.

Bruna Beber