quem nunca idolatrou nessa vida, ou em outras, que atire
a primeira pedra no jogo da amarelinha.
os idealistas preferem a primeira casa.
do zodíaco?
vô, digo:
- o senhor ainda pensa que os idealistas fazem do inferno
o seu lar, doce sin, tático, mar?
todo idealista idolatra o alterego.
altera algo.
sim, estamos na bulgária
não estamos, au au gusto?
“ Era dia 32 de
outubro quando um homem chamado Walter Campos de Carvalho ressaltou que até a
possibilidade de a Bulgária se encontrar soterrada em um vulcão que se esquecer
de acontecer deveria ser levada em consideração. Tal como Marco Polo, Colombo
ou Amundsen, Campos de Carvalho procuraria a Bulgária na face da Terra, no
espaço das galáxias ou até mesmo nas profundezas de algum outro oceano
qualquer. Sua solução poética-sideral seria a de comprovar a existência búlgara
e circunavegar seu nebuloso planeta no dia em que fosse comprovada
existencialmente a Bulgária como o nome de um lugar e não apenas como uma
maneira de se expedir alguma coisa, como quem diz à francesa, à inglesa, à
milanesa ou simplesmente á moda búlgara(...)
(...) me lembro
como se fosse hoje, na Copa do Mundo de 1994, os misteriosos búlgaros comemoravam
cada gol com grito primal lançado ao ar, a clamar por uma possível, mas ainda
incomprovada, existência. Aliás, nessa auspiciosa e abstrata seleção, não só
Stoichkov tinha atos imprevisíveis, como também o pirotécnico Letchkov, seguido
por Balakov, ivanov e Penev. Com a camisa 8 – representando o número do
infinito – Stoichkov era o responsável por comandar um time que tinha talento,
embora empacasse por tantas e tantas vezes nos seus próprios traumas milenares.
Portariam os búlgaros a sombra do mundo? Viria mesmo a Lua da Ásia? A Ásia da
Lua? Seria a Bulgária, afinal, um país de espelhos? Um território a nos
devassar, do outro lado, toda vez que falássemos dele ao ameaçássemos nele
pensar? Como recompor este “nosso” desastre?”
obrigado, au au gusto. agora eu me sinto em casa.
mi casa quer casa.
quem casa su casa.
cá estou eu.
castor?
não, coelho.
você tem razão.
tem?
c(l)aro.
uma passagem a bulgária só custa o preço de uma ideia.
daqui é possível ver todo o resto do mundo.
(resta um...).
estamos todos aqui: rodri-go!
de soul-za lion, paul-o le whisky e au au gusto.
(resta um...).
eles nunca vão aprender a falar búlgaro. búlgaro é
linguagem contemporânea:
“(...) No entanto,
aqui as aspas entram em estado festivo de decomposição. Acreditamos que para
habitar é preciso ser nômade, isto é, continuamos apostando que a milionária
contribuição dos encontros fortuitos precisa ser cada vez mais desfrutada, para
que não haja manual de instrução sobre o poema e nem muito menos somente um
modo de usá-lo. Se o “contemporâneo” é a nova palavra da moda (o fetiche da
vez), nós já preferimos outros tipos de fantasmas, tão contemporâneos quanto
esta assombração chamada de O Contemporâneo¹ O verdadeiro contemporâneo é
sempre um tempo por vir, já diria o poeta(...)
¹ Mais do que ser
seu sobrevivento, o que mais interessava a Campos de Carvalho era ser
contemporâneo de si próprio, e não apenas meramente sobreviver; até o ponto em
que poderia ser ele o primeiro astronauta realmente lunático a chegar
finalmente na Lua e embaralhar sua geografia. A cada ano que passa, os mapas
vão engravidando de mais alguns novos países.”
simbá, vambora!
simbora!
sambola
samba + bola
a bulgágira é o país do foot sol. minha paixão duêndica
pelos the bos in green começou também por
ca(u)sa de futebol. international super star soccer. in
terra dos outros. in terra nos outros. eu já era oswaldiano desde cedo.
ainda temos um campos de carvalho enorme pela frente.
qual caminho seguir?
para quem não sabe para onde vai, qualquer cachimbo serve
nas bocas alheias.
quem tem boca vai a roma. mas só quem tem cabeça
consegue viajar à bulgária.
com corda pra tu, agosto.
fumava um março por dia e agora só fumo um ano inteiro. abril a cabeça.
é claro.
é escuro.
pouco importa.
se vamos procurar a bulgária, comecemos pelo púcaro.
em nossas cabeças primo-ativos, a imagem do vaso
(sã na tório?)
representa o símbolo central do genérico feminino
(digo, gênero).
naum é, new- man?
“O feminino tem por
núcleo simbólico o vaso. Tem-se a equação simbólica
Mulher = Corpo =
Vaso = Mundo
que é experimentada
por toda a humanidade como o Feminino.
O vaso, o interior do corpo, em termos
arquetípicos, é o inconsciente.
As funções básicas
do feminino são:
- Nutrir,
dar calor, proteger e amparar.
- Dar
a vida, parir.
O Feminino tem o
caráter simbólico do “conter” e “do estar contido”, daí o Grande Círculo e do
anel urobórico.
O Grande Feminino
rege a vida vegetativa, por consequência, a terra e suas transformações
apresentam os mistérios do Feminino.”
por isso começamos a conhecer a bulgária,
país esse que tem o nome feminino,
(ao contrario de
países como brasil, estados unidos da américa e japão)
pela sua capital:
(favor não
confundir com O CAPITAL)
SÓFIA – “ Mulher
refletida nos globos oculares de seus moradores dançando em parepeitos;”
“Como as asas de
um púcaro, as praças de Sófia são formadas por pequenos coágulos materializados
em simetrias de acasos. Toda cidade em seu lacre implorando para ser violado.
Proteica e sonâmbulo, em Sófia os prédios verdejam e suas montanhas desafiam o
vento. Muitos são os arqueólogos que defendem ao menos a possibilidade de Sófia
estar situada debaixo da terra sem saber, tão imersa como Pompeia, Ofir,
Melusina, Palmira, Tartessos, Herculano, Lulan, o império dos Citas e dos
Incas, a Esfinge, as pirâmides ou Brasília – cidade sem esquinas, este desenho
que virou cidade (...)”
aqui com vocês todos, me sinto como os índios que
esperavam tranquilos ser colonizados por qualquer ideia branca ou homem em
preto & branco.
estar na bulgária é não ter corpo. é ser palavra sem
boca.
“(...) Alguns
analistas de plantão ousavam dizer que uma mente distraída estaria mais perto
da Bulgária do que de qualquer outro país; m temperamento inquieto sempre
estaria mais próximo das incertezas (...)”.
“(...) Como bem me confidenciou outro dia Nelson Rodrigues em uma mesa de bar bulgarosofando com sua gargalhada cósmica: “Há tempos, fui à rua Bariri, ver um jogo do Fluminense. E confesso: - sempre considerei Olaria tão longíquoa, remota, utópica como Costantinopla, Sófia, Istambul ou Vigário Geral. Já na avenida Brasil, começava a sentir uma nostalgia e um exílio só equiparáveis aos de Gonçalves Dias, de Casimiro de abreu e dos búlgaros. Conclusão: - recrudesceu em mim o ressentimento contra qualquer espécie de viagem.”
“(...) Como bem me confidenciou outro dia Nelson Rodrigues em uma mesa de bar bulgarosofando com sua gargalhada cósmica: “Há tempos, fui à rua Bariri, ver um jogo do Fluminense. E confesso: - sempre considerei Olaria tão longíquoa, remota, utópica como Costantinopla, Sófia, Istambul ou Vigário Geral. Já na avenida Brasil, começava a sentir uma nostalgia e um exílio só equiparáveis aos de Gonçalves Dias, de Casimiro de abreu e dos búlgaros. Conclusão: - recrudesceu em mim o ressentimento contra qualquer espécie de viagem.”
não me leve a mau, au au gusto. você não é poeta. você é
antes um poeita! poeta é pouco para sua cabeça búlgara.
tá bom, tá bom, mas não se nietzsche!
"Sua essência
consiste em dizer o contrário do que se pretende comunicar a outra
pessoa,... , fazendo-lhe entender-se pelo tom devoz, por algum gesto
simultâneo, ou ... por algumas pequenas indicaçõesestilísticas - que se quer
dizer o contrário do que se diz .(Freud, 1905a).”
já dizia o mulato austríaco sigmundo freud.
o que me diz?
giz?
quem nunca cheirou giz achando que era coca-cola?
cacos estilhaçados na bulgária. os búlgaros são
inventados a cada dia.
“a realidade é uma colagem”, teria dito and y war hol(e).
e você, au au gusto, me ensinou esta arte:
“destinos são
deuses, sem cairmos nas pieguices.”
“estátuas tocadas
pela febre da linguagem”.
“jamais os nomes
estiveram mais carregados e repletos de si mesmos”.
“aqui se apagam
todos os “eus”, e também se escurecem as luzes”.
“em termos
concretos qualquer certidão de nascimento pode ser blefe”.
“somente os
argumentos mais abstratos poderão conceber um novo planeta”.
entender a bulgária é para poucos
(e não para
PORCOS).
por que levam o tudo a sério?
o nada é mais legal!
a poesia e a sófia gostam que lhe passem a mão na bunda.
poesia não gosta de ser idolatrada, não gosta de mimos. ela gosta de sacanagem,
saca?
(e quem não gosta
de sacanagem?).
o papo tá bom.
o papa é pop.
mas eu sinto que está faltando alguém nessa conversa de
mar.
se o coelho branco não tem muito tempo a perder,
o coelho negro perdeu tempo antes do tempo perde-lo.
pede a saideira que eu preciso ir a irlanda proCURRAR james joy-se.
a viagem vai ser loooooooooooooooooooooooooonga.
buuuuuuuuuurrrrrppppp!!