quarta-feira, 13 de junho de 2012

JesuS2

yesterday foi dia de valent(ão)ine
(é preciso ser muito hércules para aceitar os clichês do doze de junho).
ôô happy day.
literalmente, foi dia de dar. dar aquilo que você tem de melhor.
(reflita...)

não poderia deixar passar o dia de ontem , sem ao menos dar uma passada de mão na data comemorativa.

comendo
o livro que comprei num sebo (favor não confundir com outros tipos de "sebos"):
"JESUS"
by Paulo Leminski (editora brasiliense),

é um desses achados bem achados que a gente pesca nas prateleiras, como faziam alguns discípulos o sr. jesus.

uma biografia, não autorizada (obviamente)

daquele que foi o maior pop star de todos os tempos
(maior até que o michael jackson, eu diria):
JE SUS

e se tratando do sr. pau- lo leminski,
(aquele mesmo que conhece CÚritiba com a palma de sua pica)

temos uma aula de história que transcende as salas das ex-colas.

em uma passagem do livro,

(l)vemos paulo leminski comentar sobre as "tentações" que também abalaram aquele que foi filho do homem, foi filho homem:

"Para nós, geração permissiva, que viemos depois de Freud e Reich, é incompreensível um mundo em que o sexo é negado. Mas por isso é possível. Milhões de monges e monjas, padres e freiras, disseram não ao mais imperioso desejo.
Vamos imaginar que Jesus disse não.


O desejo porém, tem estranhas formas de se manifestar.
Formas sublimadas. Espiritualizadas. Abstratizadas.
Jesus, por exemplo, era muito namorados.


Em inúmeros episódios, vamos surpreedê-lo fazendo essa coisa vaga que pode ocorrer, sempre, entre homem e mulher (homem e homem, mulher e mulher), que se chama namorar.
Vejo Jesus namorando em duas ocasiões.
Com a mulher samaritana à beira do poço.
Jesus caminhava, naquele brutal sol da Ásia, ardendo de sedem quando chegou num poço.
Nisso, surge uma mulher samaritana com um balde e uma corda.
Os samaritanos eram uma minoria dissidente do judaísmo ortodoxo, desprezados por todos os verdadeiros crentes.
Jesus entabola conversação com ela e pede-lhe àgua.
Ela se espanta: "como é que um judeu como você pede água a mim, samaritana?".
Com ela, a seguir, Jesus entra num daqueles jogos parabólicos e trocadilhescos, nos quais ele era exímio:

se você me der dessa água,
vou te dar a água da vida,
água que, uma vez bebida,
sacia a sede para sempre

Nenhuma dúvida que Jesus ganhou seu gole d' àgua.
Duas mulheres aparecem, nos evangelhos, em relação muito pessoal com o profeta, Maria e Marta, irmãs de Lázaro, um dos melhores amigos de Jesus: cada vez que chegava em sua aldeia, era na casa dele que o filho de Maria se hospedava. A lenda da ressurreição de Lázaro por jesus atesta a solidez dessa amizade.
Luca registra uma cena de terna intimidade entre Jesus e as irmãs de Lázaro.
"Indo Jesus e os seus a caminho, ele entrou numa aldeia.
Uma mulher, de nome Marta, recebeu-o em sua casa.
Ela tinha uma irmã chamada Maria, a qual, sentada aos pés de Jesus, escuta-lhe a palavra.
Marta estava atarefada pelo muito trabalho doméstico e, aproximando-se, disse: Jesus, não te importa que minha irmã me deixe sozinha fazendo todo serviço? Manda ela me ajudar.
Jesus respondeu, dizendo: "Marta, Marta, você se inquieta e se perturba com muitas coisas. No entanto, só uma coisa é necessária. Maria escolheu a parte melhor, que ninguém vai tirar dela".
Ao longo dos séculos, nos círculos de religiosidade cristã, o episódio sempre foi usado como parábola que ilustrasse a eminência da vida teórica sobre a prática ( um mestre zen acharia exatamente o contrario...).
Marta, apenas (apenas , Alice?) lavava roupas, amassava o pão, assava o peixe, cozinhava a lentilha e queimava os dedos tirando a coxa de carneiro do forno, arrumando a casa, preparando a comida de todos.
Maria, sim, é que estava certa, arrodilhada aos pés do profeta, ouvindo as maravilhas que saíam da boca do nabi e poeta, palavras bonitas de tão verdadeiras, parábolas fascinantes, aforismos que deixavam alguma coisa vibrando dentro do coração da gente...Em João, o episódio aparece mais rico de detalhes.
"Seis dias antes da Páscoa, Jesus veio a Betânia, vila onde estava Lázaro, que Jesus tinha ressuscitado dos mortos.
Ali preparam uma ceia para ele, e Marta servia, e Lázaro era dos que estavam à mesa com ele. Tomando uma libra de unguento de nardo legítimo, substância aromática de altíssimo preço, Maria derramou o óleo perfumado nos pés de Jesus e enxugou-o com seus cabelos".
João acrescenta: "e a casa se encheu do cheiro do nardo".
Aberrante essa sensorialidade do cheiro do nardo nos quadros tão abstratos e conceptuais da religiosidade judaica: nada mais resta que lembrar as cores, formas e aromas, eróticos do Cântico dos Cânticos, o grande poema do amor físico, o Shir Ha-Shirim, uma das maiores obras-primas da literatura hebraica. (...)"

jesus era mesmo "o cara"!
(quando eu crescer, eu quero ser igual a ele!)

e antes que alguém comece a nos crucificar por causa dos nossos comentários (meu & do seu paulo),
eu lhes digo:

- ele também é filho de deus!...