quinta-feira, 28 de julho de 2011

Moby Dick

Segundo o romance do escritor, poeta e ensaísta americano Herman Melville (1819 - 1891), que narra às aventuras e desventuras de um caçador de baleias rancoroso,vingativo e insolente atrás de uma baleia cachalote branca e demoníaca que era capaz de engolir (e foi) não só uma das pernas do próprio capitão, mas um navio cheio de tripulantes, Moby Dick (nome dado à baleia e ao próprio livro) é uma história repleta de sentidos, metáforas e sentimentos. Trata-se de uma reflexão sobre a condição de ser do homem moderno, e que por isso, tornou-se mais conhecida tempos depois da sua publicação mas que hoje é lembrada como uma maravilhosa obra, sobrevivendo por vários e vários séculos.
Anteontem, noite de quarta-feira, na última quarta do mês, dia de CEP no espaço Serge Porto, Chac's e sua trupe descobriram e convidaram para dar canja com um pocket show outra que poderia ter sido descendente direto da baleia mais poderosa do mundo da literatura.
Com os seus sete integrantes, sendo dois deles mulheres, a bordo de uma magnífica banda de jazz pop contemporâneo que flerta em alguns momentos com alguns instrumentos bastante inusitados, os marujos da banda Baleia engoliram o palco do CEP da mesma maneira que a baleia Moby fez no seu apavorante livro. A Baleia (banda) é a cara da nova geração de cardumes apaixonados por músicas cool, do gosto pelas misturas, indo do rock à bossa (uma das meninas da banda é filha do maestro Tom Jobim) sob a influência dos timbres do jazz e até das ondas de artistas contemporâneos da música pop como Justin Timberlake e Britney Spears, de quem eles fazem cover das respectivas músicas "what goes around" e "toxic".
O som engajado, com letras cantadas em inglês e em português, misturando as vozes ora sensuais, ora doces e suaves das meninas Sofia Vaz e Luiza Jobim, com a firmeza de Gabriel Vaz e com a autoridade do Cello de Cairê Rego, soou-me tão encantador que lembrou-me as lendas dos cantos hipnóticos de outras figuras mitológicas da mitologia grega: as sereias. Mas isso, já é outra história...