segunda-feira, 4 de julho de 2011

Poema dusotro

a novíssima ceia

os últimos estertores de 2009. Pintores se haviam tornado impossíveis e os poetas cumulavam plataformas de metrô, nenhum de nós o grande salto. Havia muita volição de colaborar, certo, mas ninguém que se prontificasse a descer suas escadas numa manhã de sábado, vera imagem do langor, blue jeans e Lomo no pescoço, ou. Terá sido apenas eu – o anfitrião irrequieto dos provérbios? Falou-se infatigavelmente sobre as novas mitologias, respostas cada vez mais radicais à problemática do suporte, os “em-jogos” da autobiografia precoce. Mas, naquele verão – particularmente cruento para você [portado há pouco de Paris] e sua enérgica namorada romena – havia apenas uma certeza em todo o território brasileiro: os romancistas.

Poema de Ismar Tirelli Neto de seu último livro "ramerrão" (editora 7Letras).